Elizete Garcia, coordenadora técnica da Extratos da Terra, desmistifica algumas crenças sobre o assunto. Confira a seguir alguns mitos e verdades sobre estrias.
Hormônios têm papel fundamental na formação de estrias. VERDADE!
“Um exemplo é o estrogênio, que gera o catabolismo, o processo degradante da elastina na pele. Ou seja, a tez perde sua elasticidade natural quando os níveis hormonais estão desequilibrados.”
Estrias vermelhas são as mais fáceis de tratar. VERDADE!
“Como elas são recentes, o tecido ainda possui fibra elástica, o que permite o seu recondicionamento rápido e a diminuição dos espaços entre os sulcos. Já as estrias brancas podem ser apenas suavizadas, porque nessas o grau de rompimento já está avançado.”
Hidratar o corpo previne estrias. VERDADE!
“Isso é possível com cremes à base de ureia, lactato de amônio e óleo de amêndoas, principalmente na gestação. O creme hidratante ajuda a lubrificar a camada externa da pele, tornando-a mais flexível.”
Estrias são inevitáveis. MITO!
“Nem todos terão estrias. Só para lembrar, ela é uma lesão do tecido que ocorre mediante distensão. Cada pessoa tem um limite de elasticidade da pele. Sendo assim, fator genético, disfunções hormonais ou uso de corticoides desencadeiam o problema. Se houver algum dos fatores citados e limite de estiramento comprometido pela condição do colágeno e da elastina, poderá ocorrer a ruptura na gestação, na ação do engordar e emagrecer, ou mesmo no estirão entre a infância e a adolescência. Porém, uma tez bem hidratada e tratada com cosméticos que reforcem a flexibilidade ajuda na prevenção.”
PALAVRA MÉDICA
Comum em mulheres, homens e até crianças, as estrias são cicatrizes provocadas pela destruição das fibras de colágeno e elastina localizadas na derme, ou camada intermediária da pele. Surgem no bumbum, na barriga e nos seios durante estiramento (seja motivado pelo crescimento ou engorda) e apresentam dois tipos: as rosadas, que são as recentes e mais fáceis de tratar, e as brancas, antigas e difíceis.
Segundo a dermatologista Michele Haikal, os tratamentos dependem da cor da tez e da fase da estria. “No geral, os mais eficazes são peeling, injeção de ácido hialurônico, microagulhamento, radiofrequência e laser de CO2”, diz a médica, afirmando que os métodos invasivos devem ser feitos apenas por médicos.
FORÇA-TAREFA
Cosméticos e tratamentos para ajudar no combate às estrias
LIPOFEME ANTIESTRIAS, EXTRATOS DA TERRA: kit para prevenir e eliminar estrias por meio de renovação celular, hidratação, preenchimento e fortalecimento das fibras de colágeno e elastina.
CREME PARA PREVENÇÃO DE ESTRIAS, VITA DERM: especialmente formulado para aplicaçãoo em pessoas que tenham predisposição a essas marquinhas.
BIO FLEX, BUONAVITA: neurocosmético que promove quatro ações simultâneas. Graças ao Raffermine, aumenta a elasticidade do tecido, prevenindo estrias.
CAVIAR DERMO KIT ESTRIL, COSMEZI ITÁLIA: são dois produtos formulados com complexo E3X, composto por Palmitoyl tripeptide-5, extrato de marroio branco e e pantenol, ativos que protegem e reparam a pele, prevenindo e tratando as fibras elásticas degeneradas da derme. Suavizam estrias brancas e cicatrizes.
ELETRODERME BY SOLON: equipamento de radiofrequência microagulhada. “Agulhas de ouro ultrapassam a epiderme, emitindo ondas eletromagnéticas apenas nas camadas mais profundas da pele e elevando a temperatura a 70ºC, que estimula a produção de colágeno e refaz as fibras rompidas”, explica o dermatologista Abdo Salomão Jr. São indicadas quatro sessões com intervalos mensais.
MICROPUNTURA: por meio da dermopuntura e da aplicação de ativos, estimula-se a produção de colágeno. “O tratamento melhora a elasticidade, a hidratação e a qualidade da pele na área tratada”, afirma Aline Olivetto, coordenadora do Centro de Pesquisa e Treinamento da Siluets. A sessão dura 60 minutos e são indicadas de quatro a seis delas.
Texto: Annamaria Aglio (edição para web: Patricia Santos)
Fotos: Shutterstock e divulgação