10 fatos sobre óleos capilares que você precisa saber

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Usar óleos naturais para deixar as madeixas bonitas é um hábito milenar. No entanto, ele permaneceu por décadas esquecido até voltar com força total aqui no Brasil há cinco anos. O primeiro a arrebatar o mercado foi o de argan. O fluido originário do Marrocos abriu as portas da beleza para um sem-número de outros tipos, desde aqueles obtidos a partir de frutos conhecidos, como abacate e coco, passando pelos brasileiríssimos buriti e murumuru, até os mais singulares, retirados dos exóticos ojon e goji berry.

Para Maya Colombani, diretora de desenvolvimento da L’Oréal Brasil, há quatro anos, o óleo era apenas uma tendência. “Hoje, para a consumidora brasileira, ele faz parte de um gestual diário”, afirma. Segundo a expert, os cabeleireiros podem sofisticar ainda mais seus serviços ao acrescentar um pouco do líquido precioso a uma máscara: “Existe uma expertise em torno desses cosméticos, por parte dos profissionais e das consumidoras, que está crescendo”, conclui.

Mas você sabe tudo sobre esse precioso líquido? Veja, a seguir, as dez principais dúvidas dos cabeleireiros, todas respondidas por especialistas no assunto. 

1. Qual a definição química de óleo?
De acordo com Adriano Pinheiro, químico e diretor executivo da Kosmoscience, os óleos são compostos graxos, o que significa ter uma cadeia carbônica, que varia de 12 a 24 carbonos. Quanto maior o número de carbonos, maiores também são as cadeias e mais viscoso é o líquido.

2. E de que maneira essas cadeias carbônicas agem no cabelo?
Adriano explica que um óleo pode apresentar vários sensoriais e modos de atuação em função do tamanho da cadeia graxa. As mais curtas têm maior interação com os fios, enquanto as maiores dificultam a penetrabilidade. Isso não quer dizer que uma seja pior ou melhor que a outra. Tudo depende do que se pretende do produto. “Cadeias longas podem deixar o cabelo pesado e não ter uma penetração intensa. Mas esse tipo de molécula é interessante para os fios tingidos, pois cobre a fibra e previne a perda de nutrientes”, exemplifica o expert.

3. O óleo vegetal é melhor que o sintético? 
Segundo Adriano, em tese, a diferença está apenas na forma de obtenção e não na performance. “A molécula de um óleo vegetal e sintético é a mesma”, explica. No entanto, quando uma cadeia de carbonos é desenvolvida em laboratório, fica mais fácil adaptar a matéria-prima à necessidade desejada para o cosmético. Por exemplo: usar menos cadeias para conseguir um líquido mais fino e delicado.

4. De qual porção da planta se extrai um óleo vegetal?
A farmacêutica Danielle Bornea, docente do curso de Estética da Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, explica que o produto pode ser retirado de qualquer parte da planta e que, quanto mais fácil a extração, menor o custo. Sementes, como uva e amêndoas, por exemplo, tornam o trabalho de obtenção do líquido acessível e rentável por conta do volume de matéria-prima obtido. 

5. Qual a principal finalidade do produto?
O primeiro objetivo do óleo, conforme explica Adriano Pinheiro, é oferecer novamente ao cabelo sua característica primordial: “Quando nascemos, os fios trazem uma camada hidrofóbica com função protetora”. É essa oleosidade original que precisamos repor, seja porque não a produzimos na quantidade necessária para cobrir todo o comprimento das madeixas ou porque a retiramos com o uso de xampus, etc.

6. Todos os óleos amaciam as madeixas?
Nem todos, segundo afirma Adriano. A tarefa mais importante desse produto é repelir a umidade ambiente. “Trazer maciez é uma propriedade secundária, que depende de cada tipo”, diz o especialista.

7. Óleos são melhores que silicones no trato da cabeleira?
“Eles estão juntos na formulação dos reparadores de pontas e finalizadores”, conta Danielle Bornea, que acrescenta: “O silicone tem um sensorial mais agradável para a consumidora e, por isso, vários dos produtos que vemos no varejo trazem bases siliconadas com uma pequena porcentagem de óleo”. Por outro lado, há quem opte por elaborar cosméticos que contenham apenas óleos em sua formulação. “Nesse caso, geralmente, esses itens são de uso profissional”, frisa a docente.

8. O que são blends?
Adriano explica que o mix com vários óleos tem por objetivo reunir produtos com cadeias maiores e menores a fim de abranger uma grande área de tratamento. “Mas ainda não existe um artigo científico publicado mostrando a sinergia entre as cadeias. Na teoria, ela é possível, no entanto, por ora, carece de comprovação acadêmica.”

9. O que acontece quando se mistura um óleo a uma máscara?
Ao colocar o líquido em um creme, obtém-se um resultado sinérgico, na opinião de Danielle: “Nesse caso, ganha -se mais emoliência e potencializa-se o efeito do tratamento”. 

10. E quando o profissional coloca umas gotinhas na coloração e no alisante?
O óleo pode interferir nas químicas de transformação. “O ideal é usar uma tintura que já saia da fábrica com uma dosagem correta do líquido”, diz Adriano Pinheiro. Aplicado livremente no colorante, o produto interfere na adesão dos pigmentos à fibra, por exemplo. Da mesma forma, ele pode diminuir a penetração dos ativos durante um alisamento.

Texto: Cristiane Dantas (edição de web: Patricia Santos)
Fotos: Shutterstock

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