Tudo que você precisa fazer para recuperar cabeleiras detonadas pelo verão

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Você sabe que prevenir é melhor que remediar. E por isso orienta suas clientes a tratar bem das madeixas em casa, sobretudo no verão. No entanto, até a mais cuidadosa delas pode se esquecer de aplicar o filtro solar, deixar de passar a máscara daquele jeitinho que você ensinou e aparecer no salão depois das férias com os fios detonados. Ressecamento, falta de brilho, aspereza, desbotamento e mechas esverdeadas são as principais queixas de quem viveu o verão em sua plenitude. No entanto, todo bom cabeleireiro tem uma carta na manga para ajudar sua clientela a guardar na memória somente o lado bom dos dias de calor. Querido profissional, chegou a hora de entrar em ação!

1. FAÇA UM BOM DIAGNÓSTICO

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Toque na fibra capilar, veja sua elasticidade e porosidade, converse bastante com a cliente. “A mulher já chega no salão pedindo ajuda porque tem consciência do estado dos fios”, atesta a hairstylist Neia Sinico, do Charmant Centro de Beleza, em Limeira, interior de São Paulo. Por isso, é fundamental investir em uma boa anamnese. Robson Righetto, cabeleireiro do Studio W Anália Franco, na capital paulista, diz que o instante em que a pessoa se senta na cadeira é crucial: “Nessa hora, analiso o estado do cabelo, explico em detalhes os tratamentos mais indicados, falo da manutenção a ser feita em casa e dos produtos de home care… Quando ela volta para uma segunda visita, repito toda a avaliação, pois a necessidade da cabeleira certamente mudou após a primeira sessão de cuidados. Por exemplo, se ela estava quebradiça e com frizz e a gente atacou o problema mais grave, que era a quebra, agora temos de nos voltar para o controle dos arrepiados”.

2. VERIFIQUE AS RAÍZES

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Porque nelas podem se acumular metais pesados. Entre eles, o sulfato de cobre usado na água das piscinas e responsável por deixar os loiros esverdeados. Segundo a tricologista e terapeuta capilar Marcela Buchaim, do Studio Tez, em São Paulo, esses elementos se depositam não só nos fios, mas também no couro cabeludo. Nesse caso, uma vez combinados à ação do sol, acabam provocando dermatites e descamações. Durante o verão, a pele sensível da região pode sofrer ainda com o ataque de fungos. Eles surgem quando a cabeleira fica molhada por muitas horas e a situação piora por conta do uso ininterrupto de bonés e chapéus. “A umidade cria um ambiente favorável à proliferação dos agentes causadores de micoses”, esclarece a especialista.

3. SUGIRA PROTOCOLOS ADEQUADOS

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Inclusive no que se refere ao custo. Robson, do Studio W, fala que o profissional tem de ser absolutamente sincero: “Aqui no salão, todas as linhas têm uma excelente qualidade, mas algumas são mais caras do que outras. Tento oferecer a que melhor se encaixa não só no problema a ser tratado, mas também na disponibilidade financeira da cliente naquele momento. Se ela tiver restrições, prefiro que realize um protocolo mais acessível e invista parte do seu orçamento em produtos de home care. Eles são essenciais para dar continuidade ao que foi feito no lavatório”, conta o expert.

4. MONTE UMA ESTRATÉGIA

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Você pode oferecer um pacote com várias sessões de cuidados. “Isso mostra para a cliente que a gente se preocupa com o cabelo dela”, atesta Neia Sinico, que acrescenta: “É legal sugerir o conjunto de tratamentos só depois de ver o resultado do primeiro protocolo. Para saber quais tipos serão necessários e o intervalo entre um e outro, levo em conta a resposta da fibra capilar. Tem cliente que deve voltar em uma semana. Outras vão ficar bem se retornarem em 15 dias, um mês…”, fala a expert, que conclui: “Todas as madeixas precisam ser tratadas e a vantagem do combo é realizar uma manutenção contínua, que garante a beleza da cabeleira”.

5. ALIMENTE OS FIOS

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O excesso de sol, ainda mais combinado a chapinha, secador e processos químicos, afina as madeixas. “A perda de massa acaba deixando-as frágeis, sem brilho e com pontas duplas. Mas existem ativos capazes de reverter esse quadro. Na cosmetologia, já foram feitos vários testes que comprovam sua eficiência”, detalha o cosmetólogo Lucas Portilho. De acordo com ele, é necessário utilizar produtos que penetrem no interior da fibra, devolvendo-lhe os elementos perdidos. Eles devem conter substâncias de baixo peso molecular e as mais recomendadas são os aminoácidos e a queratina hidrolisada. Fórmulas com ácidos graxos – presentes nos óleos vegetais, por exemplo – entram para melhorar o pentear. Já os cosméticos à base de poliquaternários e silicones fecham as cutículas. “Eles têm carga positiva, que neutraliza o efeito estático do cabelo, formando um filme protetor contra agressões externas”, aponta o especialista, que conclui: “Um dos melhores silicones para fazer esse trabalho é o amodimeticone, que adere ao fio sem pesar”.

6. SALVE A COR

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Sol e coloração não combinam, assim como água de piscina e madeixas loiras. Desbotamento, amarelamento e fios esverdeados estão entre os grandes vilões da temporada de férias. Neia Sinico, do Charmant, tem um plano de ação bem arquitetado para acabar com esses inimigos: “Uso xampus que sequestram o cloro para retirar a tonalidade esverdeada. Se isso não for suficiente, corrijo a cor com pigmentos neutralizantes”, ensina a cabeleireira, que faz um alerta: “Muitos profissionais apelam para o descolorante a fim de eliminar os matizes verdes ou amarelos, mas esse método é agressivo. O correto é usar tonalizantes se quiser anular os tons indesejáveis”.

7. SEJA TRANSPARENTE

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Sim, a tecnologia dos produtos capilares é superavançada e a indústria está sempre surpreendendo. Mas pode acontecer de uma cabeleira apresentar áreas problemáticas mesmo após ser tratada. “Às vezes os fios estão muito detonados, sem potencial para evoluir. Então sugiro cortar a parte extremamente danificada”, revela a cabeleireira Mari Nicácio, do Charles Veiyga Boutique Beauté, em São Paulo. Robson Righetto concorda: “Não dá para mentir para a cliente. Se o cabelo está quebradiço, caindo, converso com ela, explico que vou deixá-la linda, mas que, para isso, preciso da sua permissão para usar a tesoura”.

Edição: Cristiane Dantas (Edição de web: Patricia Santos)
Fotos: Divulgação e Shutterstock

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