Fofoca prejudica a produtividade; evite

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Ah, a fofoca! Essa arte milenar de falar sobre a vida alheia, tão comum nos salões desde os primórdios… Ela pode estar atrapalhando o rendimento do seu negócio, sabia?

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“Um ambiente cheio de fofoca retarda muito o sucesso do local”, afirma Vanda Regina, coordenadora técnica do Jacques Janine. A professora da Uni Jacques Janine – que dá cursos de até um ano para os franqueados – conta que o tema é debatido várias vezes. Evitar a fofoca ajuda a fazer com que a franquia progrida mais rapidamente e também evita a perda de bons profissionais.

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Mas, afinal, por que alguns salões têm essa fama tão ruim? “É um ambiente descontraído, cheio de revistas de celebridades. Comentar a vida dos famosos é quase natural ali”, diz José Augusto Nascimento Santos, presidente da ASBS (Associação Brasileira dos Salões de Beleza). Para ele, esse é o tipo de fofoca leve e que não causa problemas. O problema é quando a vida comentada está ali na cadeira ao lado e não nas telas da TV. Para Santos, existem dois fatores comuns aos salões que fazem essa “fofoca do mal” aparecer: momentos de ociosidade (quando o local está vazio) e a concorrência entre os próprios profissionais. “Esse falatório cria um ambiente pesado, pode gerar desentendimentos e, consequentemente, uma queda na produtividade”, explica. Ou seja, cai a vontade de trabalhar e, junto com ela, o faturamento no fim do mês.

Como resolver?

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Os dois especialistas concordam que reuniões semanais com toda a equipe são a melhor forma de acabar com burburinhos. “Tem que ser muito claro: ‘fulano, é verdade que você está fazendo isso ou isso? Estão dizendo no salão’. Tem que chegar junto!”, diz o presidente da ASBS.  Ele acredita que essas reuniões podem acontecer até mais de uma vez por semana, “dependendo da história, ela pode tomar proporções gigantes em poucos dias”, analisa.

Valda diz que, além das reuniões coletivas, é preciso também ter conversas individuais. Para ela, essa é uma boa forma de “dar um toque” no profissional que gosta de falar da vida dos outros. “Conversando diretamente, os donos de salão conseguem tratar dessa questão, ao aconselhar, dar novas estratégias de comportamento e impor alguns limites”, comenta.

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Além das reuniões, é preciso acabar com o tempo ocioso – quando muita gente se junta no cafezinho ou no fumódromo. “Ter uma boneca nas bancadas para treinar penteado, corte e cor, por exemplo. A gente procura não deixar nenhum momento livre, a não ser o horário das refeições”, diz Vanda. Oferecer cursos também é uma forma de ocupar os profissionais em dias de movimento fraco. Estudar e conhecer mais sobre os tratamentos oferecidos na casa também ajuda a acabar com o blá-blá-blá desnecessário na cadeira. “Ao invés de conversar sobre bobagens, é preciso falar sobre coisas que possam beneficiar a cliente a curto, médio e longo prazo. Como analisar o cabelo, prospectar futuros tratamentos, sugerir novas cores e trabalhos”, aconselha.


Ilustrações: Shutterstock.  

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