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Secador, prancha, modelador e máquina de corte… Saiba o que levar em conta na hora da compra desses equipamentos, garantindo o melhor custo-benefício

SECADOR DE CABELO

O equipamento deve ser profissional – esse mantra é inegociável! “O modelo foi projetado para ficar ligado de manhã, à tarde, à noite, por cerca de dois anos. O intermediário, desenvolvido para exercer as duas funções, pode ter tecnologia, mas desgasta rápido. O doméstico não tem nem durabilidade nem desenvoltura para o trabalho no salão”, compara o hairstylist Wander Lima. E, claro, aqueles para serem usados em casa têm cabos de alimentação de energia mais curtos.

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POTÊNCIA: o secador deve ter, no mínimo, 2 mil watts. Abaixo disso, o procedimento será mais longo e o resultado poderá ficar aquém do esperado, seja de uma escova ou de um tratamento termoativado. “Para quem está começando, indico os modelos de 2 mil a 2.400 watts, lembrando que quanto mais potente, mais rápido o trabalho. Hoje, o cliente tem apenas 15 minutos para fazer brushing – há dez anos, a média era 45 minutos”, fala Wander Lima. Para ele, os de 2.600 watts exigem muita prática e, portanto, são indicados apenas para os experientes. Quanto maior a potência do secador, maior a preocupação com a durabilidade dele, pois os equipamentos que esquentam muito costumam ter vida útil menor. Daí a importância da qualidade. “Foque nas marcas que têm tradição, prestígio e boa avaliação por parte dos profissionais. “Pesquise, experimente, teste, vá aos centros técnicos dos fabricantes, se informe para não errar”, aconselha a instrutora Leidiane da Silva Lima.

TECNOLOGIA: nos últimos anos, esses equipamentos ganharam sistemas que protegem os fios e dão um upgrade no resultado. “A ionização promove o fechamento das cutículas, o que ajuda a manter a umidade interna dentro da fibra e dá polimento”, explica o especialista Wander Lima. O secador aspira o ar ambiente e joga calor na cabeleira – esse processo pode levar os micro-organismos que estão no ar diretamente para ela. Já a tecnologia nanosilver, com micropartículas de prata, tem ação bactericida e fungicida.

PESO: o motor é a parte mais pesada do equipamento, em compensação, a indústria já conseguiu reduzir bastante a carga do revestimento. Segundo Wander Lima, o secador costuma pesar de 500g a 900g. Essa questão costuma ser pessoal. “Homens fortes podem não gostar dos modelos muito leves. E mulheres menos resistentes podem acabar desenvolvendo alguma lesão nos braços ou ombros se o aparelho for pesado demais para elas”, diz a instrutora, que relembra: “Experimente, teste, até achar o mais adequado para você”.

BARULHO: secadores potentes são também ruidosos, já que as hélices giram com muita velocidade. Esse é um desafio para os fabricantes. “Hoje, porém, os mais fortes são menos barulhentos do que os fracos do passado”, lembra Wander Lima. Uma dica é procurar o Selo Ruído Inmetro no rótulo. Uma alternativa, o abafador de som deve ser avaliado com cuidado. “Esse apetrecho pode reduzir o ruído em até 40%, mas também vai diminuir em até 30% da potência do equipamento”, alerta Wander. Hoje já existem modelos com a promessa de redução significativa do ruído.

QUANTIDADE: “Cada profissional deve ter pelo menos dois secadores. E se o aparelho quebrar quando você está fazendo um penteado de festa? Perderá a cliente, na certa”, afirma Leidiane. O ideal é que ambos tenham o mesmo padrão de qualidade, mas, no início, quando os gastos são maiores, o produto reserva pode ser um pouco inferior. Por volta de R$ 300, consegue-se um equipamento. O ideal, entretanto, é investir de R$ 400 a R$ 800 para adquirir um de primeira.

PRANCHA

A chapa é utilizada em alguns dos serviços mais pedidos no salão, como progressiva, selagem e plástica de fios, entre outros. E também para efeito liso, penteados… “Por conta do design arrojado, alguns cabeleireiros até preferem usá-la na hora de fazer os cachos”, fala Wander Lima. Cada trato pede uma temperatura diferente. Por isso, ela deve ser profissional.

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CONTROLE DE CALOR: dependendo do tipo de cabelo (fino, grosso, descolorido) e da finalidade, você empregará temperaturas diferentes – geralmente, as mais baixas para pentear madeixas finas e as mais altas para os tratamentos. A escala do equipamento vai de 110ºC a 230ºC.

TECNOLOGIA: o sistema de ionização foi desenvolvido para as pranchas – só depois chegou aos secadores. “Aqui, ele é ainda mais importante, já que o equipamento é passado diretamente nos fios e essa tecnologia ajuda a preservá-los”, diz Wander Lima. O mesmo vale para o nanosilver, que protege contra micro-organismos nocivos.

REVESTIMENTOS: são três opções: cerâmica, turmalina e titânio – os dois últimos são indicados para uso profissional. O melhor, porém, é o titânio, o mais avançado na performance e proteção aos fios. “Eles representam uma evolução em relação à temperatura – a cerâmica foi desenvolvida para 210ºC; a turmalina, de 220ºC a 230ºC; e o titânio, para 230ºC ou mais”, explica Wander Lima.

QUANTIDADE: a chapa costuma ter uma vida útil mais longa do que o secador, por volta de cinco anos, e ser também mais resistente. “Ainda assim, é indicado ter duas por profissional. Se ela quebra no meio de uma progressiva, por exemplo, não vai conseguir concluir o procedimento. Pense no desespero da cliente”, alerta Leidiane da Silva Lima. O aparelho de ponta custa entre R$ 380 a R$ 450. Por volta de R$ 250, pode-se conseguir um razoável.

MODELADOR

Este aparelho não é empregado nos tratamentos capilares, apenas em penteados. “Pode ser usado em conjunto com a prancha no mesmo look – ela, nos cachos maiores e mechas soltas; ele, nas mechas menores, inclusive nas que já estão presas, para acabamento”, explica a instrutora do Instituto Embelleze.

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CONTROLE DE CALOR: assim como na prancha, é importante que esse equipamento tenha uma escala de temperatura de 110ºC a 220ºC.

TAMANHO: em três opções, pequeno (19 mm de espessura), médio (25 mm) e grande (33 mm). “Adquira primeiro um médio, que serve tanto para fazer cachos fechados como abertos”, indica Wander Lima.

TECNOLOGIA E REVESTIMENTOS: sistemas de ionização e nanosilver são importantes. E os de turmalina e titânio são os melhores, como nas pranchas.

QUANTIDADE: no começo, quando é preciso fazer investimentos maiores para montar o salão, um por profissional – já que o equipamento, por ser menos usado, costuma durar mais e quebrar menos. O aparelho de ponta custa entre R$ 380 a R$ 450. A partir de R$ 200, R$ 250, é possível comprar um modelo regular.

MÁQUINA DE CORTE

Cada dia mais importante devido à moda das barbearias que se espalham nas ruas das cidades, também pode ser usada em cortes femininos – e não apenas nos curtos. “O trabalho com máquina é mais rápido do que o feito com tesoura. Bateu, cortou uma mecha que exigiria dois, três movimentos com a ferramenta”, explica Wander Lima.

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PENTES E GRADUAÇÕES: os homens estão mais atentos às tendências e pedem cortes modernos, com efeitos como degradê e riscas. Para atender às exigências desse mercado, você vai precisar de um equipamento com, no mínimo, quatro pentes e permitir de três a quatro graduações para cada um deles.

CARACTERÍSTICAS: as lâminas podem ser simples, de liga metálica, ou mais potentes, de cerâmica. Esse material apresenta outra vantagem: é autoafiável (quanto mais você usa, mais afiado fica). Podem ser recarregáveis, sem fio, mais práticas. Ou com fio, com ar retrô, em moda nas barbearias descoladas.

QUANTIDADE: cada profissional deve ter, no mínimo, duas máquinas de corte (caso uma delas apresente defeito) e uma de acabamento. Aparelhos a partir de R$ 270 atendem às necessidades de quem está no início de carreira.

 

 

Ilustrações: Shutterstock.

 

 

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