Cores fantasia no cabelo: os segredos para acertar no visual

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Se antes as cores fantasia no cabelo eram restritas a jovens rebeldes, hoje conquistam de fashionistas a mulheres clássicas e maduras. De Ke$ha a Katy Perry, todas adoram mudar e aparecer com um look novo. Recentemente, foi a vez da atriz Fiorella Mattheis e da modelo Yasmin Brunet, que escolheram o rosa para tingir as madeixas loiras.

Mas será que qualquer pessoa pode aderir à moda? Sim e não. Mas tudo vai depender de uma análise da fibra e de uma prévia descoloração ou decapagem para um loiro muito claro ou claríssimo – a base para a cor grudar nos fios e ficar vibrante. Conheça, a seguir, todos os detalhes para executar a tendência com segurança.

O início

Cores fantasia no cabelo

Depois de um diagnóstico, é hora de descolorir para atingir o tom desejado. Quanto mais pastel for a coloração fantasia escolhida pela cliente, maior será o tempo de espera. “O ideal é descer a cor por volta da nuance 9. Isso porque, se aplicar o azul em uma base que está amarela, por exemplo, o resultado será esverdeado”, avalia a hairstylist Lucy Cossenzo, do salão Square by Romeu Felipe (SP).

O melhor é deixar de lado hastes capilares que tenham danos e possam sofrer uma ruptura no momento da química. “Por isso recomendo o teste de mecha 24 horas antes, para saber qual será a reação”, completa a tricologista Alessandra Juliano, da Aepit Dermatologia (DF). A avaliação indicará ainda se a pessoa é ou não alérgica ao produto. Além disso, mostrará o verdadeiro estado de saúde da fibra e se madeixas alisadas ou relaxadas podem ser submetidas à técnica. “Caso não passe no teste, aconselho a postergar o procedimento.

A cliente não conseguirá cuidar dos fios em casa da mesma forma que fazemos no salão”, argumenta a colorista Marcella Dias, do Mega Hairline (SP). Crespo ou afro também podem receber os tons fantasia, mas recomenda-se cautela, pois a descoloração abre os cachos.

Poder de remoção

Cores fantasia no cabelo

Tome cuidado ainda com os finos, que são mais frágeis, e com os grossos demais, que podem não alcançar o tom porque têm muito pigmento escuro para clarear e é necessário um tempo de ação maior. “Oriento sempre usar produtos de alta performance [como os protetores plex] na composição do pó de reflexo para impedir a quebra das pontes dissulfeto e ao mesmo tempo garantir que a fibra não se romperá. Uma dica é tratar com queratina hidrolisada no intervalo das lavagens e secar”, diz a hairstylist do Mega Hairline. Nunca troque a substância por óleo de coco, como algumas blogueiras indicam no YouTube. “Ele sufoca o fio e prejudica o resultado do clareamento”, alerta.

A volumagem de OX varia de acordo com cada perfil. “Geralmente, começo com 40 volumes, a segunda descoloração com 30 e a última de 20, para limpeza final. Com isso, o cabelo estará muito agredido e necessitando de atenção”, diz. Fios já coloridos com tinturas precisam de decapagem, que é a remoção de pigmentos artificiais. “Só a realizamos quando o tom escolhido for mais claro do que o existente”, explica o hairstylist Natan Correia, do Creative Salon (SP). O procedimento é feito com uma combinação de pó descolorante e oxidante. “A água oxigenada e o tempo de pausa da mistura é que determinam o nível da saúde após o processo. Por isso, proponho cautela. Quanto mais danificada a fibra, menor a OX e a espera”, completa.

Hora da cor

Cores fantasia no cabelo

É importante que a base esteja entre o loiro muito claro (9) e o claríssimo (12), variando conforme a cor da finalização, para que o resultado final se sobressaia. “Se for rosa, azul, verde ou violeta, indico o 12, que traz a cor de forma perfeita. Mas isso não significa que entre 9 e 10 não seja suficiente”, indica a hairstylist Viviane Siqueira, do Pierre Louis Coiffeur (RJ) e artista L’Oréal Professionnel. Após a descoloração, o ideal é lavar com xampu e condicionador hidratante e secar totalmente antes de iniciar o procedimento.

“Normalmente, os produtos têm pigmentos puros e devem ser passados no cabelo seco para ter uma melhor aderência”, afirma a colorista Babi Carvalho, do Circus Hair Augusta (SP). “Dependendo da orientação da marca, é preciso secar as mechas com a tinta e passar novamente. Outras pedem para deixar um tempo de pausa de meia hora. Eu deixo até mais, não ultrapassando uma hora. Acho que fixa melhor”, completa.

A dica vale tanto para seções quanto para serviço global em um só tom. A coloração deve ser passada de forma uniforme e com cuidado de manuseio. “Normalmente, os tonalizantes empregados em matizações só têm ação nas partes que foram pré-clareadas, por serem usados com emulsões de baixa oxidação”, explica a cabeleireira Renata Batista, educadora da Wella Professionals.

No caso de tons variados, a dica é separar bem cada um usando papel laminado para que não manchem ou se misturem. Caso contrário, viram uma terceira cor não desejada pela cliente. “Antes da aplicação, divida o cabelo de acordo com o que se espera para o resultado final, já deixando separadas as seções. Isso também facilita o processo de enxágue”, finaliza.


Texto: Kátia Deutner (edição de web: Patricia Santos)
Fotos: Shutterstock

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