Efeitos negativos da progressiva

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A analista de marketing paulista Beatriz Magalhães, 33 anos, conta o que já fez e faz para até hoje para sobreviver aos efeitos desse procedimento feito na cliente da cadeira ao lado em seu salão de beleza preferido. Confira!
 

“Já era a segunda vez que eu mudava de sala para fugir do cheiro forte da escova progressiva que rolava no salão. Seria minha última tentativa, afinal, ninguém merece ter de ficar arrastando os pés molhados de esmalte pelo cabeleireiro, ainda mais com um monte de papel-alumínio no cabelo! Mas não dava para suportar o odor da substância sendo aplicada na moça ao meu lado. Coitada, nem ela estava se aguentando. Mas não pense que eu estava fazendo drama à toa, não. Minha novela com essa técnica de alisamento já estava rolando há alguns anos…

Em 2010, eu frequentava um salão de beleza em São Paulo que adorava. Os profissionais me atendiam com atenção, os produtos tinham qualidade, o preço era justo, o ambiente era uma delícia. Aliás, sempre valorizei isso, afinal, cabeleireiro para mim é sagrado: é para onde vou quando preciso relaxar, esquecer do mundo e pensar na vida. Vou para levantar a minha autoestima, cuidar de mim, ser paparicada – e muito!

Até que, um dia, estava lá fazendo um penteado para uma festa, já com maquiagem pronta (um make lindo e caro, por sinal!), quando uma moça ao meu lado começa a fazer uma escova progressiva. Como era a primeira vez que alguém fazia o procedimento perto de mim, eu não sabia o perigo (para o look, principalmente!) que eu estava correndo. Antes que pudesse fazer alguma coisa, meus olhos já estavam cheios de lágrimas e, ao olhar no espelho, minha máscara tinha escorrido por todo o rosto. Mais que depressa, o cabeleireiro apareceu com dois ventiladores e ligou no máximo para ver se eu me sentia melhor, além de uma toalha molhada para colocar sobre meu nariz e minha boca. Não preciso nem dizer que lá se foi todo o meu make de diva, né?

Demorei um tempo até retornar àquele salão, por mais que fosse meu preferido. Até para fazer minhas unhas passei a frequentar outro, mesmo sendo mais distante de casa. Parece exagero, mas aquele último episódio havia me deixado traumatizada, abalado, inclusive, minha fidelidade de anos com o estabelecimento. Acredite: uma única experiência ruim pode destruir milhares de positivas. Mas resolvi deixar para lá e voltei, afinal, nenhum outro lugar fazia um desenho de sobrancelha tão bom! Acontece que seis meses se passaram e, por coincidência, a moça que estava fazendo progressiva daquela outra vez também resolveu voltar – sim, no mesmo dia que eu! Resolvi nem arriscar: já pedi para ficar em outra sala, caso contrário, iria embora.

O pessoal da recepção me acomodou no andar de cima, mas o cheiro era tão forte que, além de os meus olhos lacrimejarem, meu nariz começou a coçar e surgiram manchas vermelhas na minha pele. Descobri um tempo depois que sou alérgica a alguns produtos, entre eles, o formol. Hoje em dia, passo longe de escova progressiva, por mais que muitas composições já tenham tirado ou diminuído a quantidade do cosmético, especialmente por não fazer bem aos fios. Mas não deixo de frequentar salões de que gosto muito, não. Quando a equipe me conhece bem, já deixa o kit emergência preparado: ventiladores e toalha molhada à mão. Ah, e vou sem make, claro!

Se eu puder dar uma grande dica aos hairstylists, é ter uma sala separada e megaventilada para quem usa esse tipo de técnica – dessa forma, não prejudica outros clientes (nem a maquiagem delas!), nem mesmo a saúde do profissional.”

Depoimento à Andrezza Duarte

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