O equipamento que deu origem à chapa, chamado de flat iron (um tipo de pinça que era aquecida em fogo), foi criado por um engenheiro americano de Isaak K, Shero. Mas a moda de alisar o cabelo com esse tipo de aparelho só se consolidou 20 anos depois, na década de 1980, quando surgiram as piastras elétricas.
De lá para cá, a ferramenta teve sua ação potencializada. “A tecnologia proporciona muito menos riscos de queimar o fio, pois usa material preparado para evitar esse problema que, antigamente, era bem comum”, relata Eliane Pavini, hairstylist e proprietária do Shampoo Intercoiffure Eliane Pavini, de Ribeirão Preto (SP). E apesar de alguns modelos atingirem o ápice no quesito aquecimento, chegando a 400°C, a hairstylist, com formação nas maiores academias do mundo e integrante da coordenação da Intercoiffure Mondial no Brasil, recomenda cautela: “Eu particularmente, uso até 280°C, não mais que isso, pois mesmo com aqueles de ponta, ainda há risco de danificar a fibra capilar”.
A cabeleireira Giselle Tesch, do salão Degradée (RJ), lembra que o aprimoramento do equipamento permite, hoje, obter um resultado alinhado sem que seja necessário passá-lo muitas vezes na mesma mecha: “Para fazer um alisamento, no passado, tínhamos de empregá-la mais ou menos oito vezes no cabelo, esperar o fio amornar, esquentar um pouco mais novamente, depois alinhar até finalizar. Com a temperatura alcançada atualmente, o profissional consegue passar a chapa apenas duas ou três vezes, conseguindo um bom alinhamento da fibra”.
EFEITO CERTEIRO
O equipamento é onipresente, mas há diferenças de método de trabalho para se chegar ao resultado desejado: “No alisamento, deve-se usar a prancha quente e trabalhar mechas finas para analisar a estrutura do cabelo, sem perder de vista como está ficando sua aparência. Na finalização pós-escova, o volume da cabeleira já foi reduzido e, por isso, usa-se a prancha em seções mais largas só para aquecer, modelar pontas e fechar cutículas”, explica Giselle Tesch. Veja o que levar em conta na finalização do processo químico:
– Temperatura ideal: para fios grossos, máxima. Para os mais finos, média.
– Espessura da mecha: fininha, para o calor atingi-la por inteiro. “Se pegar as grossas, só conseguirá alisar os fios da parte de cima e da de baixo. O calor dificilmente atingirá os da área central”, avisa a profissional.
– Direção: comece pelas mechas da nuca, trabalhando camada por camada, e termine na franja. Isso porque os fios de baixo são fortes, pois ficam protegidos pelos outros. “A região superior do cabelo é constantemente exposta ao tempo, então, é mais sensível, assim o produto age rápido. Passando no sentido de trás para a área frontal, obtém-se o tempo necessário (cinco a dez minutos) para o cosmético agir na área debilitada”, justifica Giselle.
Portanto, comece sempre de baixo para cima, finalizando no topo da cabeça.
Todo cuidado é bom
TAMANHO É DOCUMENTO
Apesar de todos os modelos proporcionarem o aquecimento necessário, princípio básico do aparelho, dependendo do resultado desejado, há aquele tipo mais adequado. Confira.
VALOR AGREGADO
As empresas transformaram o equipamento em ferramentas de modelagem e tratamento: “As chapinhas mais modernas são as que trazem a tecnologia de luz de LED, turmalina, íons negativos de ondas infravermelhas e por aí vai. Todas elas apresentam variações e benefícios, pois alisam sem danificar a fibra do cabelo”, enumera Eliane. Ela lista os aspectos positivos dos materiais mais usados nas chapas atualmente:
Texto: Carmen Cagnoni (edição de web: Patricia Santos)
Fotos: Shutterstock